Uma modalidade bastante específica de corretagem na Praça de Santos eram os contratos de café a termo na Bolsa Oficial de Café em Santos. Isso significa que os cafés comercializados no pregão previam uma entrega futura, em meses pré-determinados.
Concluído o pregão, eram fixados os valores dos cafés no quadro negro e a negociação era formalizada na Caixa de Liquidação. O comprador fazia o depósito baseado no preço firmado naquele momento, porém, caso o mercado flutuasse até a entrega desse café, esse valor deveria ser atualizado, resultando no depósito ou subtração da diferença pelo comprador.
Os Corretores Oficiais da Bolsa não poderiam trabalhar com outro tipo de modalidade, ou seja, não poderiam ser procuradores de nenhuma firma específica. Por isso, muitos escritórios tinham seu “corretor de Bolsa”.
A Caixa de Liquidação da Bolsa fazia com que existisse outra modalidade de corretores, os de Entrega Direta, que também era um mercado futuro, igual o de Bolsa. Sua diferença estava na confiança da palavra do negociante: sem o órgão que fiscaliza as flutuações do mercado. O valor do café seria, então, dado somente na data da entrega por meio de seu valor corrente. Alguns corretores atribuem à essa modalidade um dos motivos para a diminuição do interesse nos pregões da Bolsa.