Exportadores

O trabalho de uma exportadora sempre foi basicamente comprar o café do interior, seja diretamente com os produtores e cooperativas ou por meio de corretores, trabalhando-o para formar a liga (blend) de acordo com a preferência do cliente, e vendendo-o para as torrefadoras no exterior.

Essas “firmas”, como eram chamadas, tinham uma estrutura setorizada, com diversos profissionais encarregados do fluxograma dessas exportações, desde a compra do café, conferência de qualidade, armazenamento e preparação das ligas, até a comercialização do café, desembaraço de documentação alfandegária, e embarques no porto.

Durante o século XIX e meados do XX foram principalmente firmas estrangeiras a exportar café, como a Theodor Wille e Zerrenner & Bullow (alemãs), E. Johnston e Naumann Gepp (inglesas), e Leon Israel e Hard Rand (americanas). Algumas delas chegaram a abrir filiais no interior e atuaram também como casas comissárias, financiando produtores, armazenando e vendendo seus cafés, adquirindo fazendas cujos proprietários não conseguiam quitar suas dívidas.

O número de firmas nacionais cresceu durante as primeiras décadas do século XX, porém com uma fatia sempre menor do volume exportado com relação às estrangeiras. Ainda assim, comissárias e exportadoras como a Companhia Prado Chaves, Levy & Cia, e Lima Nogueira eram conceituadas firmas que atuavam na Praça. Com mudanças na dinâmica do negócio cafeeiro e sistema de financiamento, algumas firmas passaram a se dedicar exclusivamente à exportação.