Classificadores

O café tem sido classificado no Brasil segundo as normas da Classificação Oficial Brasileira (COB), que analisa tanto a qualidade da bebida quanto a quantidade de defeitos, e tamanho dos grãos.

A classificação de grãos era feita pelas firmas exportadoras separando-os em três tipos: os de primeira sorte, os de segunda sorte e o “restolho”. Entretanto, no início do século XX, muitas divergências surgiram com a ampliação dos mercados futuros. Isso fez com que os vendedores brasileiros se adaptassem ao método utilizado no exterior, para minimizar as divergências de entre compradores e vendedores. Em 1907 adota-se o padrão da Bolsa de Nova York – o famoso “tipo 4” – sendo a prova de bebida incorporada ao longo dos anos.

Dentro desse processo de classificação, a separação por peneiras tinha um papel muito importante na uniformidade na torração. O café, desta forma, era separado de acordo com tamanho e formato de seus grãos, identificado pelo uso de diferentes peneiras, sendo o café não separado por peneiras chamado de “bica corrida”.

Já na classificação por tipos o café, a exigência era que se separasse de acordo com seu aspecto e número de defeitos encontrados em uma amostra de 300g, referente a um lote de café. Problemas durante a fase de cultivo da planta, colheita ou em seu processamento e poderiam influenciar na qualidade final da bebida.

Na classificação da bebida separavam-se os cafés de acordo com o gosto e aroma da infusão dos grãos. Essa era a prova de xícara. O fator que mais prejudicava a qualidade da bebida – na visão dos classificadores – era fermentação que ocorria durante o processo de secagem ou preparo do café.

Dentro da exportadora, o setor de classificação é essencial. Seus profissionais devem saber as preferências de cada importador – desde o tamanho dos grãos até o tipo de bebida - o que irá pautar a compra do café e a formação de ligas específicas para os clientes.
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