Catadeiras

A profissão das catadeiras estava muito ligada à classificação comercial do café. Como a quantidade de grãos defeituosos e impurezas podia diminuir o valor do café, em alguns casos era proveitoso fazer uma seleção desses grãos para melhorar sua qualidade, e por consequência sua classificação – tarefa que integrava o rebeneficio. É com esse objetivo que se formaram os armazéns de catação de café – sejam instituições independentes ou pertencentes a alguma exportadora – no começo do século XX.

A tarefa era realizada predominantemente por mulheres, que faziam a catação manualmente, catando um a um os defeitos e separando os do resto do café – o que lhes deu o apelido de “pianistas”. Geralmente eram trabalhadoras avulsas, não possuindo vínculo com os armazéns e ganhavam por saca catada, o que era comum devido as flutuações de produtividade.

A catação manual começou a desaparecer na década de 70, quando as catadeiras eletrônicas, com uma produtividade superior ao trabalho manual, e menor custo, começam a aparecer no mercado, separando as impurezas por meio de ventilação de peneira, e posteriormente máquinas fotossensíveis que distinguiam grãos verdes, e outros grãos imperfeitos considerados defeitos.
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